A IMPORTÂNCIA DA MUSICA POPULAR NA MÚSICA PORTUGUESA NOS FINAIS DO SÉCULO XIX E PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
A IMPORTÂNCIA DA MUSICA POPULAR NA MÚSICA PORTUGUESA NOS FINAIS DO SÉCULO XIX E PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
Dois nomes estão associados à música portuguesa na viragem do século (XIX - XX) são eles Viana da Mota e Luís Freitas Branco. A ópera dominava o panorama musical no final do século XIX. Luís Freitas Branco (1890-1955), um opositor desse domínio, vai empreender esforços de forma a cultivar outras formas orquestrais e “aproximar a música portuguesa das correntes estéticas mais modernas da época” (Castro, 1991:159), as suas “Suites Alentejanas” são um exemplo marcante de “algumas obras de carácter marcadamente nacionalista” (Brito, 1992:162). Esse esforço, em que tem também o apoio de Viana da Mota, torná-lo á conhecido como o introdutor do modernismo em Portugal. Esta mudança, segundo Lopes-Graça, decorre paralelamente ao movimento de renovação cultural empreendido nos alvores da República no campo das artes plásticas e das letras por figuras como Amadeu de Sousa Cardoso, Almada Negreiros, Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro. Iniciava-se assim o Folclorismo (tendência para utilizar a musica popular nas composições eruditas) embora, pelo que nos diz Adolfo Coelho, já tivessem existido no final do século XIX tentativas semelhantes (ver página 5).
Francisco de Lacerda, açoriano (1869-1934), um nome menos sonante no panorama musical que os dois anteriores, é talvez o mais importante para o estudo etnográfico. Inicia em 1899 a recolha de melodias populares nos Açores e, depois de uma passagem pelo estrangeiro, regressa às ilhas para, entre 1913 e 1921, prosseguir na recolha de música folclórica e dedicar algum tempo à composição. Vem em 1928 para Lisboa para se dedicar exclusivamente à recolha da música popular portuguesa.
Para o estudo da música popular portuguesa existem três nomes da referência na primeira metade do século XX. Frederico de Freitas (1902-1980), Joly Braga Santos (1924 – 1988) e Fernando Lopes Graça (1906 – 1995).
Frederico de Freitas apoia algumas das suas peças na música popular portuguesa como, por exemplo, os bailados escritos para o Grupo Verde Gaio.
Joly Braga Santos, aluno de Freitas Branco, desenvolve a sua obra sinfónica apoiada na polifonia portuguesa antiga e na música popular portuguesa, particularmente a do Alentejo.
A primeira peça de Fernando Lopes – Graça, intitulada Variações sobre um tema popular português, escrita em 1927, viria a ser um indicador da sua obra muito apoiada na música popular. “ Na obra de Lopes Graça o caracter nacional decorre principalmente do contacto directo com as fontes da música popular.” (Brito, 1992:168). A recolha efectuada por Rodney Gallop, publicada em 1937, seria também utilizada por Lopes-Graça e “Em 1946, ele próprio realiza trabalho de campo, sobretudo na Beira-Baixa, onde recolhe alguns exemplares da música tradicional da região.” (Carvalho, 1989:7). A sua colaboração com o etnólogo francês Michel Giacometti (1929-1990) que se fixou em Portugal em 1959, deu origem à Antologia da Musica Regional Portuguesa, uma recolha de textos e música gravada de valor inestimável.
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parabens pelo blog...
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é o sonho eterno de BETO CARRERO e a mão de DEUS.
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