A FEIRA
Como já esperava de instrumentos portugueses nem cheiro. A honra aos nossos instrumentos foi feita por dois parentes, um cavaquinho brasileiro e um ukelele que se podiam observar no stand da RoadCrew. Embora a Lismúsica seja uma das poucas firmas que possui na sua loja em Lisboa os nossos instrumentos, não levou nenhum para a feira, porquê ? francamente não percebi.
Talvez seja a falta de confiança dos vendedores associada ao desinteresse por parte dos compradores que origina este marasmo a que chegou aquilo que é nosso. É necessário e urgente uma mudança de atitude.
Os nossos instrumentos típicos (cavaquinho, braguesa, beiroa, amarantina, campaniça e toeira) são construídos, desde sempre, tendo o tampo um tratamento mínimo, ou a madeira é crua ou leva uma camada ligeira de cera de abelha ou goma-laca. Este tipo de acabamento permite ao instrumento ter uma sonoridade muito particular associada a uma projecção de som digna de realce. A Seagul, uma marca canadiana, e a Tacoma, uma marca americana de guitarras já estão a utilizar este tipo de acabamento. Provavelmente já registaram a patente. Nós continuamos a chuchar no dedo.
Quanto à feira, francamente foi a mais fraca e mais mal organizada que vi até hoje. Dada, provavelmente, a escassez dos expositores todos, os instrumentos musicais, os PAs, os palcos, a venda de discos e os concertos, foram remetidos para um único pavilhão. Esta completa mistela de sons tornava impossível ter a noção do som dos instrumentos.
Esperemos que na próxima, em 2007, a coisa esteja melhor organizada.
3 Comments:
E do encontro de musicologia, não há novidades? Informações, meras impressões...
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Com a mudança da hora, com o Inverno... será que o pessoal hibernou?! (o mesmo se passa lá pela órbita "marciana", enfim...)
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